16/02/2013

Revolução Liberal Portuguesa de 1820 (Inês Alexandre, nº12)



Revolução Liberal Portuguesa de 1820



As invasões Francesas, deixaram Portugal arruinado já que, os invasores roubaram casas, arruinaram ruas e deixaram actividades como agricultura, indústria e comércio praticamente paralisadas devido aos estragos.

Para além disto a população portuguesa encontrava-se ainda descontente por factores como: 



  • Os portos brasileiros deixaram de ser exclusivos de Portugal e abriram as portas ao comércio com outros países. 
  •  Em 1815, o Brasil deixou de ser uma colónia portuguesa e foi elevado à categoria de Reino, tornando-se a cidade do Rio de Janeiro a sua verdadeira capital. 
  • A família real e a corte portuguesa continuavam no Brasil (o rei estava fora de Portugal e os ingleses é que estavam a ocupar os principais cargos na governação e no exército em Portugal).


Por estes motivos, o descontentamento da população portuguesa era geral e associado aos novos ideais liberais que defendiam sobretudo uma maior participação na vida política gerou-se um clima favorável a conspirações contra a situação em que o país se encontrava. 

Gomes Freire de Andrade (1757-1817), em 1817, liderou uma tentativa para alterar o regime, exigir o regresso do rei e expulsar os ingleses do nosso país.

Esta tentativa não foi bem-sucedida porque os seus responsáveis foram descobertos e condenados á morte.


Em 1817 (no ano seguinte), um grupo de liberais do Porto constituído por juízes, comerciantes, proprietários e militares formou uma associação secreta – o Sinédrio – que era liderada por Fernandes Tomás e tinha como principal objectivo preparar uma revolução.





A 24 de Agosto de 1820 e aproveitando a ausência de Beresford, general inglês nomeado por D. João VI como marechal do exército português, a quem foram concedidos grandes poderes para acabar com qualquer tipo de conspirações liberais, o Sinédrio deu início no Porto, à Revolução Liberal.


A esta Revolução Liberal do Porto dá-se o nome de Vintismo.
Este movimento foi essencialmente um pronunciamento militar e foi uma tentativa liberal de recuperar as liberdades que foram perdidas no absolutismo. O vintismo foi como um caos político com uma corte afastada da metrópole, um país numa crise financeira e sem uma orientação política clara. 

Logo após esta revolta no Porto surgiu uma em Lisboa a 15 de Setembro. Apesar de uma forte resistência (cultural e mental) da população portuguesa, em grande parte defensora do absolutismo, o projecto do vintismo continuava agora 
fundamentado na posição das Cortes constituintes que, nomeiam e regem para o Reino. 



A Constituição de 1822 foi uma das vitórias políticas do Vintismo, apesar de uma crescente contestação dos defensores do absolutismo, que se manifestavam cada vez mais. Em 1823 começou um clima de agitação política por parte dos absolutistas, sendo que em Maio e Junho desse mesmo ano, vieram a desencadear o golpe que acabou com o Vintismo, a Vila-Francada. 






Vila-Francada foi uma revolta que surgiu após a reposição da Espanha num regime Absolutista. 

O Vintismo conheceu várias etapas, uns com ideias mas sem o país (os Jacobinos-radicais) e outros com o país mas sem ideias (Girondinos-moderados).

O grande confronto interno do Vintismo foi a Martinhada, a 11 de Novembro de 1820 (dia de S.Martinho), entre grupos mais conservadores do exército e da sociedade e grupos mais moderados, que acabaram por vencer o conflito.


Porque falhou a revolução Vintista? 

A oposição ao vintismo, manifesta-se quase desde início mas, principalmente quando o cardeal patriarca de Lisboa, a rainha D.Carlota Joaquina e o príncipe D.Miguel se negam a jurar a Constituição. O crescente descontentamento justifica-se pelas seguintes razões:


  • A revolução eclodiu sobretudo para pôr fim às más condições em que o reino se encontrava (o rei no Brasil e a dominação inglesa) e não por uma verdadeira adesão aos ideais liberais. O povo e longe de estar satisfeito, tradicionalmente religioso e conservador foi provocando rebeliões e aderindo aos movimentos contra-revolucionários. 








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